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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pausa para a poesia

De repente
De repente, dá uma vontade de sair correndo por aí,dá uma vontade louca de gritar paz,de cantar o amor,de abraçar todo mundo.
De repente,dá uma vontade de plantar flores,de distribuir sorrisos,dá uma vontade de amar.
Dá vontade de fazer tantas coisas,de ficar louca para o mundo e as pessoas.
Dá vontade de querer mais,de sonhar com a perfeição e querer mudar.
Dá vontade de ser gente,vontade de possuir as pessoas que mais amamos.
Vontade de tirar todo mundo deste nada e colocar num tudo.
Vontade de ser tudo e nada ao mesmo.
Mas depois tudo passou,a vontade foi se acabando,simplesmente porque eu me acomodei.
Porque foi apagando a chama que me queimava por dentro.
Porque de repente eu cismei em ser feliz,e isso machuca muito,pois descobri que a felicidade não faz parte de mim, já que não a procurei e não a fiz nascer.(escrito em 01 06 1980 )

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Membro fundador da Academia Inhapiense de Letras