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domingo, 20 de abril de 2014

Amor.
Esta palavra incomoda,pois é dita demais e vivida de menos.
Sinto um aperto no coração,quando vejo um sentimento tão forte e  confundido.
Não sei se nasci para todo tipo de amor.
Amo o meu criador,que se faz e refaz na pessoa do meu próximo.
Amo muito meus filhos,minha mãe,meu pai,meus irmãos.Amo a família .Os poucos amigos que tenho.
Amo minha profissão,apesar de ser pouco valorizada.
Amo meus livros,minhas viagens,meus sonhos.
Amo e ainda não me sinto amada suficiente com a grandeza que a palavra pede,com a força semântica que ela impera.
Ou será que eu sou só uma sonhadora que ainda insiste em acreditar que amar somente basta.
Não,não basta.
É preciso carinho,mas como?
Carinho tem que ser mútuo.
E onde o meu ficou?
Como uma cruz na estrada?
Como uma curva perigosa?
Como um sorriso perdido?
Ou será que o afastei com minha vontade louca de tê-lo em mim?
Ou será que eu o sufoquei?
Ou será que eu alguma vez o tive?
Sim,tive momentos ternos
Tenho momentos ternos e eternos
Vejo velhas fotografias misturadas com as novas e sempre percebo um sorriso e um olhar tristes.
Percebo que sou diferente,mesmo sendo igual,até nas dores.
Sei que minha diferença incomoda,afasta.
Sim,sou única,como todos e como qualquer um sou igual.
Mas e o amor?O carinho?
Não.Eu simplesmente espero com  mais ânsia essa troca,e assim ,vou indo,sonhando com o dia em que eu me entenderei.


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Membro fundador da Academia Inhapiense de Letras