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domingo, 19 de maio de 2019


Poema para Chirmone
(escrita em março de 1988)
Nem chegastes
E já partistes

Teu sorriso lindo
Meigo
Com um brilho tão especial
Jamais esquecerei
Criança,é dura esta perda
Como dói
Minhas lágrimas são abstratas
Como os meus sonhos
Teu cabelo de um brilho intenso
Já não mais posso afagar
Esse rosto de boneca
Carente de uma carícia

Teus segredos
Tuas vontades
Teus anseios
De mulher que nascia
Que revelava
Já não mais poderei conhecer
E tão pouco compartilhada
Minha pequena menina
Mulher-flor
queria mais minha
não teve tempo
você não teve tempo
Arrebataram você antes do tempo
Mas,tu irás viver sempre
Sabe,eu sonhei com o teu futuro
Você linda
Já nem consigo te dizer
O quanto eu sinto
Cada palavra parece vã
Cada pensamento é de saudade
Teu sorriso estará sempre presente

A música é suave
Teu corpo jaz
Mas,você existe
Você sempre irá existir,sempre

Desculpa se eu não choro
Você sabe que não é verdade
Meu choro é por dentro
É dor
É perca
É saudade
Minha doce menina
Meu anjo
Tu és uma estrela
Que reflete um brilho intenso
Eu sinto que sim
Porém, te queria aqui
Para dizer que amo você.

sábado, 18 de maio de 2019


Será que perdi tempo
Ou só passei por aqui para um aprendizado
Que ainda não entendi

Quando entenderei?

Há uma passagem secreta
Que me incomoda

As noites incomodam
O dia passa rápido
Não há ninguém para
Fazer a análise disso tudo
Uma música francesa bem antiga
Fica martelando o dia todo
Um sapo dá sinal de vida

O silêncio entrecortado com o latido dos cães
Rotina
Também o vazio está completando o quadro

Falta um ofertório digno
Talvez as minhas indagações não poderiam fazer parte.
Mas fazer o quê?
Ainda me sinto muito humana para entender.

Eu

Eu

Meus lindinhos

Meus lindinhos

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Membro fundador da Academia Inhapiense de Letras