Total de visualizações de página

domingo, 10 de fevereiro de 2019


Não consigo lembrar de como eu me perdi
Só sei que há uma vontade louca de gritar e silenciar ao mesmo tempo
Vontade de voltar no tempo para entender esta loucura que me consome e ao mesmo tempo vontade de ver o tempo passar mais rápido ainda
Um vazio e ao mesmo tempo um coração cheia de indagações
Onde perdi meu sonho?
E as flores colhidas no verão, já que a primavera foi rápida demais, perdeu rapidamente o viço
E o medo de continuar perdendo o que nunca se teve, fortalece a certeza desta passagem efêmera
Mas,algo nunca se perdeu
Foi a lembrança daquele instante mágico onde um olhar tão forte foi capaz
De bagunçar uma vida.





sábado, 9 de fevereiro de 2019



Pensei que a tal liberdade havia chegado
Estou existindo pela metade
Uma confusão de sentimentos
Meus companheiros são a natureza,os livros e uma solidão que por incrível que pareça,não dói.
Mas,falta viver por inteiro.
Onde encontrar a parte que falta?
Ela não está e nunca estará personificada.
A metade que falta está dentro de mim
Adormecida,aguardando o acordar
Ou quem sabe
Um adormecer para sempre....


Há dias que tudo parece diferente.
A lua parece não mais existir e o seu brilho desaparecendo como uma vida que se perde.
Há uma elegia a invadir minha alma e meu coração solitário,que parece perceber outros na mesma situação.
Parece que o universo chora.
Chora pela angústia das mães,que perdidas estão sem lugar para acalmar sua alma.
A chuva parece ecoar um canto fúnebre.
Parece que tudo ficou em um passado,em um sonho que não ousou sonhar.

domingo, 3 de fevereiro de 2019


Lamento informar ao senhor destino e aos seus amigos como o orgulho,a inveja, a prepotência e tantos outros,que SOBREVIVI ou melhor estou vivendo.
Quando, em uma tarde fria de junho a vingança parecia maligna e jogava contra mim sentimentos feitos de antíteses o senhor lançava mais que um desafio,jogava um fardo tão pesado,que em meio as minhas amigas Esperança e Coragem,eu não senti medo e nem o peso.Enfrentei sua petulância em querer me ver caída.
Uma mulher da cidade(pequena, é verdade),dos livros,das viagens(principalmente ao seu interior),uma pessoa cheia de limitações ,essa não passaria a prova tão facilmente.
Imagino como o senhor deve ter rido e muito de mim.
Eu ,que trabalhei 33 anos na Educação e teria minha aposentadoria para descansar,aprender uma nova língua, escrever,viajar...
Eu,que havia feito a reforma da casa do jeito que sonhei,com o espaço dedicado aos meus livros...
No entanto, o descanso não veio,mas a saúde debilitada se viu obrigada a se fortalecer e trabalhar muito,(ganhei).
Não aprendi um nova língua,mas enriqueci quando aprendi novos vocábulos,aprendi o jeito diferente de falar de quem cultiva a terra e ajuda a enriquecer a mesa dos eruditos.
Não tenho muito tempo para escrever,pois os meus girassóis ,minha petúnias,meus pingos de ouro e outras lindas flores todos os dias precisam de meu tempo para aguá-las e nesse momento a escrita se faz tão abstrata que o momento não consegue descrever.
Realmente as viagens físicas diminuíram muito,mas em compensação cada voo de um beija-flor ,de uma borboleta,dos pássaros que convivo e que nem sei o nome ainda,esses me fazem viajar de forma tão gostosa,que esqueço do espaço onde estou e vibro com cada movimento e com o céu tão azul,mesmo quando as nuvens dão uma escondidinha e nesse instante não tenho o medo da área de turbulência.
Os livros vão e vem nesta nova rotina,as fotos vão aparecendo como tela,pois aqui descubro todo dia um visual novo e meu olhar vai aguçando mais .

Hoje,seu destino, sou uma outra pessoa,ainda procurando entender essa mudança compulsiva,todavia essa batalha estou enfrentando todos os dias.
Sei,que há forças invisíveis e bondosas ,que emanam luz para mim todos os dias.
O silêncio que ouço fala muito e há um passarinho cantando na minha janela nesse momento.
Tudo tem seu encanto,basta aprender cada dia sem muitas perguntas(ainda preciso perguntar menos) e as respostas vão vindo lentamente, já que aqui o tempo é outro.
E assim senhor destino posso dizer que o Deus que habita em mim procura me fortalecer e enfrentar tudo de forma tão calma que eu nunca pensei em ter.

sábado, 2 de fevereiro de 2019


A beleza pode ser enclausurada?
A concepção de belo é subjetiva assim como querer dimensionar a dor.
Cada um tem uma visão e vê o belo de forma diferenciada e isso é muito bom.
No entanto,percebo uma falta de respeito com a dor do outro.
Falta amor.
Preciso ajudar o outro a vencer na vida,mas preciso antes de tudo respeitar o tempo de cada um.
Enfrentar os medos de cada dia ,fortalecer nas quedas e assim poder ter empatia.
Nunca posso querer medir sofrimento com lágrimas.
Elas também rolam de felicidade.
Às vezes o silêncio pode falar mais alto,um abraço pode confortar imensamente,a cumplicidade de um olhar pode fazer toda diferença e aquecer um coração dolorido.

Que possamos olhar com mais caridade cada ser que passa por nós!

Eu

Eu

Meus lindinhos

Meus lindinhos

Arquivo do blog

Igreja São Sebastião

Igreja São Sebastião

Arquivo do blog

praça das palmeiras

praça das palmeiras

Membro fundador da Academia Inhapiense de Letras