Não entendo
Não sou uma mulher de Atenas e nem cogito ser,no entanto
tenho que buscar o prazer,onde quer que esteja,para oferecer-te como um
sacrifício aos deuses.
Não tenho companhia,minha solidão é tão sólida quantos os
livros que leio,sem ninguém para discutir comigo,mas tenho que aquecer sua
noite fria e ser uma boa companhia desaparecendo com sua suposta solidão.
Não tenho o carinho que preciso e de que gosto,contudo devo
traduzir meu sorriso,minha alegria,minha melodia,meu recato para satisfazer seu
prazer,sem ao menos ousar em ter os meus.
Não posso ser poeta,nem artesã,nem eu mesma,tampouco posso
ousar sonhos falados,pois teu ouvido não está preparado.
Não tenho Parságada para ir,mas vou até a praia que,sempre
escolhe,ao bar que te agrada.
Mas há uma vida que vivo e não sabe.
Amo estar só.
Sem sentir seu cheiro.
Sem ouvir sua voz.
E nesse momento sou feliz.
Sou Diana,caçadora.
Construo um templo enorme,onde cada tijolo é um livro
falo outras línguas,amo esse mundo onde eu sou eu mesma.
E assim chego a uma conclusão:
com você o teatro é menor
e a artista exibe sua cena,mas
comigo mesma a essência fica,sem críticas desfavoráveis, e o meu prêmio chega
sempre.
Um público seleto,um ritual milenar,uma heresia talvez,sem
vinganças,mas com todo o prazer de ser e viver,de um jeito todo especial e
secreto.
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