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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Naquele dia  o espelho não refletia sua imagem,parecia tudo confuso,nada era ela.
como se tivesse acabado de ser criada por Kafka,algo inusitado.
Ela não se via ali,não era quem sempre pensou ser,tampouco quem as pessoas imaginavam e muito menos sua realidade escondida,dolorida pelos pequenos atos pecaminosos.
Não,nada poderia ser comparado com aquele instante.Uma mistura de sentimentos,um sincretismo espiritual,emocional e até mesmo social.
Como ficara assim?
Será que sempre foi assim e nunca percebera?
Perguntas,indagações e nenhuma resposta.
Nem os deuses gregos,latinos,nórdicos tinham condições de responderem.
Estava  muito bela,é verdade,mas estava presa,com raízes profundas.
O céu era lindo,a lagoa,mesmo poluída refletia sinais de beleza,e ela florescia.
Mesmo assim algo era estranho.
Ela era gente,mas o espelho do retrovisor a refletia diferente.
E nesse instante ela acorda,sorri,mas ficou a pensar naquele sonho,pois estava vivendo tão presa como se sua raízes fossem só penetrando cada vez mais para dentro da terra e mesmo havendo beleza ao seu redor,ela não percebia o belo dentro de si,
E assim somos,cada dia esquecendo de nós,inventando imagens diferentes,desculpas e comodismo não nos arrancam de nosso mundinho.
É preciso ser uma árvore linda sim,acolhedora,mas às vezes é preciso criar coragem,colocar nossas asas e partir,mesmo que seja dolorida, a partida será um novo chegar,um novo começo e então tudo poderá ser diferente.

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Membro fundador da Academia Inhapiense de Letras