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domingo, 21 de setembro de 2014

Não sei a pergunta
Não sei o  caminho a seguir
Não sei nada de nada
Só sei que Deus vai me dando respostas e com elas eu faço novas indagações
Só sei que há quatro encruzilhadas e,que eu tenho  só uma para seguir
Só sei que procuro saber,mas a cada livro lido,nova emoção e um mundo novo a ser descoberto
Amo demais,mas ao mesmo tempo  não concretizo
O amor fica preso,não se expressa
Minha doação é ínfima
Queria poder me retalhar e dividir-me
Estar junto a tantos  e  nem consigo sair do lugar
Às vezes me sinto árvore,mas sempre me sinto pássaro querendo o aconchego do ninho
Sinto,pressinto,vejo e revejo,mas nem sempre meus olhos estão abertos
O mar está distante,mas eu ouço bem nitidamente seu barulho
Sinto o cheiro do perfume que provoca alergias
Sinto um hálito quente e forte e no entanto estou só
Há alguém me espiando,mirando em mim,mas já é madrugada,a porta está cerrada,silêncio.
Nada sei
Nenhum caminho surgiu até hoje facilmente
Só sei que há uma luz,que me inspira e me deixa leve,como agora
Mas há momentos em que há um vento forte que quer me levar embora
Brigo com meus fantasmas
Acordo e vejo que há ainda uma vida a ser vivida


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Membro fundador da Academia Inhapiense de Letras